1ª Rúbrica: Corrida em Valência: Dia 16 Março 2013:


   Antes de mais nada quero cumprimentar os leitores do blog e introduzir um novo conceito. Esta entrada no blog trata-se de um rúbrica/crónica, se assim lhe podemos chamar. Ao longo das próximas semanas, vai-se falar sobre várias corridas tanto espanholas como portuguesas.
Para começar em grande, escolhemos a corrida que aconteceu na Praça de Touros de Valência, que tinha no seu cartel os matadores Sebastian Castella, José Maria Manzanares e Alejandro Talavante, que iriam matar touros de Garcigrande e Dimingo Hernandez (procedência Juan Pedro). No início foi homenageado Francisco Cano, uma grande figura da festa espanhola, que completou 100 anos de idade, bem que com algum atraso devido à chegada um pouco tardia de Talavante.
   Os primeiros três touros que saltaram ao ruedo eram Dimingo Hernandez e o três últimos pertencentes à ganadaria Garcigrande, devido à debelidade física do último de Talavante, o mesmo foi recolhido, para sair um sobrero Nuñez del Cuvillo, cinquenho a caminho dos seis, que não deslumbrou no que toca ao comportamento. Todo o curro estava impecavelmente apresentado, em presença e trapio.
   Castella, no seu primeiro esteve a gosto devido à extraordinária nobreza do seu antagonista, ainda que escasso de forças e com falta de classe no final dos muletazos, não permitindo que o matador rematasse as séries. No seu segundo, um castanho claro de Garcigrande que veio de menos a mais, porém com algumas crenças no final da faena, conseguiu uma boa faena, onde cortou uma merecida orelha.
   José Maria Manzanares, enfrentou no seu primeiro um brusco e violento touro, com as investidas bastante descompostas, e mostrou-lhe o caminho da melhor maneira possível, porém pecou na hora de matar. No segundo, o touro demonstrou alguma codícia porém só investia bem em tábuas e desenvolveu crenças ao longo da faena, José Mari acabou muito por cima do touro. Neste segundo pecou novamente na primeira estocada, mas emendou-se na segunda, com uma boa estocada. Cortou uma merecida orelha, que teve cheiro a Porta Grande não fosse a falha com a espada.
   Alejandro Talavante teve uma boa primeira faena, onde se adornou no capote convidando Castella também para uns lances, em que este teve muito bem, de muleta esteve bem e cortou uma orelha, e não duas, por falhar com a espada. O seu segundo touro era fraco fisicamente e foi recolhido, saindo um Cuvillo de 5 anos como sobrero, que não trouxe fortuna ao matador da Estremadura, era descomposto nas investidas e faltava-lhe classe. No final da faena, a sorte suprema não foi bem conseguida.
   Apesar de ter sido uma tarde de praça cheia e grande expetativa, não aconteceram os triunfos esperados.

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